segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

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domingo, 11 de março de 2007

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas nãome tires o teu riso.
Não me tires a rosa,a lança que desfolhas,
a água que de súbitobrota da tua alegria,
a repentina ondade prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por verque a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas as portas da vida.
Meu amor, nos momentos mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,e na primavera, amor,
quero teu riso comoa flor que esperava,
a flor azul, a rosada minha pátria sonora.
Ri-te da noite,do dia, da lua,ri-te das ruas
tortas da ilha,ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,mas quando abro
os olhos e os fecho,quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Meus Passos

"Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim"